Lembrando de 2018, quando estudava cybersegurança e participava de campeonatos de Capture the flag - uma espécie de competição onde os times precisam hackear servidores para obter acesso as “flags”, que são códigos que comprovam o êxito na exploração de alguma falha de segurança.
Competindo sozinho, fiquei em 10° colocado no Brasil com meu time AKVA, na frente de times como o do IME-USP. Que viagem!
E pensar que fiz tudo isso aprendendo o tema de casa, nas horas vagas, enquanto trabalhava como oficial do Exército na fronteira do país, treinando meu pelotão e fazendo operações de garantia da lei e da ordem.
Me arrependo de não ter feito nenhum write-up das soluçõs na época, mas com a rotina do Exército ficava puxado, não sei nem como conseguia conciliar as duas coisas, já tive até que competir durante o intervalo das instruções de um estágio no Centro de Instruçõs de Blidandos, em Santa Maria - RS. Na época, tive que pedir permissão para conseguir acesso a internet, mas mal consegui explicar para a equipe de instrução do que se tratava.
Nesse mesmo ano, a primeira vez que competi em um campeonato das forças armadas, fui o primeiro time a capturar uma flag, fiquei, se não me engano, em 19° (uma pena não achar o link desse resultado) e recebi uma ligação do Centro de Defesa Cibernética me convidando informalmente para servir lá, já que ninguém entendeu quem era aquele cara, da fronteira, de cavalaria, competindo sozinho e mandando melhor que muito time técnico! Hahahaha - infelizmente o convite não se concretizou, por questões que só quem está no Exército entende, mas foi bom, pois foi o que me aproximou de retomar a profissão de programador aos poucos.
Se penso em voltar para a área de segurança? Não sei, acredito que eu só goste de saber como as coisas em tecnologia funcionam - explorar elas é uma consequência. Mas, sem dúvida, foi uma época divertida!